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domingo, 26 de junho de 2011
Rotina educação infantil
ROTINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A rotina é um elemento importante da Educação Infantil, por proporcionar à criança sentimentos de estabilidade e segurança. Também proporciona à criança maior facilidade de organização espaço-temporal, e a liberta do sentimento de estresse que uma rotina desestruturada pode causar. Entretanto, como vimos, a rotina não precisa ser rígida, sem espaço para invenção (por parte dos professores e das crianças). Pelo contrário a rotina pode ser rica, alegre e prazerosa, proporcionado espaço para a construção diária do projeto político-pedagógico da instituição de Educação Infantil.
Hora da Roda
Na roda, o professor recebe as crianças, proporcionando sensações como acolhimento, segurança e de pertencer àquele grupo, aos pequenos que vão chegando. Para tal, pode utilizar jogos de mímica, músicas e mesmo brincadeiras tradicionais, como “adoleta” e “corre-cotia”,, promovendo um verdadeiro “ritual” de chegada. Após a chegada, o educador deve organizar a roda de conversa, onde as crianças podem trocar idéias e falar sobre suas vivências. Aqui cabe ao educador organizar o espaço, para que todos os que desejam possam falar, para que todos estejam sentados de forma que possam ver-se uns aos outros, além de fomentar as conversas, estimulando as crianças a falarem, e promovendo o respeito pela fala de cada um. Através das falas, o professor pode conhecer cada um de seus alunos, e observar quais são os temas e assuntos de interesse destas. Na roda, o educador pode desenvolver atividades que estimulam a construção do conhecimento acerca de diversos códigos e linguagens, como, por exemplo, marcação do dia no calendário, brincadeiras com crachás contendo os nomes das crianças, jogos dos mais diversos tipos (visando apresentá-los às crianças para que, depois, possam brincar sozinhas) e outras. Também na roda deverão ser feitas discussões acerca dos projetos que estão sendo trabalhados pela classe, além de se apresentar às crianças as atividades do dia, abrindo, também, um espaço para que elas possam participar do planejamento diário. O tempo de duração da roda deve equilibrar as atividades a serem ali desenvolvidas e a capacidade de concentração/interação das crianças neste tipo de atividade.
Artes Plásticas
O trabalho com artes plásticas na Educação Infantil visa ampliar o repertório de imagens das crianças, estimulando a capacidade destas de realizar a apreciação artística e de leitura dos diversos tipos de artes plásticas (escultura, pintura, instalações). Para tal, o professor pode pesquisar e trazer, para a sala de aula, diversas técnicas e materiais, a fim de que as crianças possam experimentá-las, interagindo com elas a seu modo, e produzindo as suas próprias obras, expressando-se através das artes plásticas. Assim, elas aumentarão suas possibilidades de comunicação e compreensão acerca das artes plásticas. Também poderão conhecer obras e histórias de artistas (dos mais diversos estilos, países e momentos históricos), apreciando-as e emitindo suas idéias sobre estas produções, estimulando o senso estético e crítico.
Hora da História
Podemos dizer que o ato de contar histórias para as crianças está presente em todas as culturas, letradas ou não letradas, desde os primórdios do homem. As crianças adoram ouvi-las, e os adultos podem descobrir o enorme prazer de contá-las. Na Educação Infantil, enquanto a criança ainda não é capaz de ler sozinha, o professor pode ler para ela. Quando já é capaz de ler com autonomia, a criança não perde o interesse de ouvir histórias contadas pelo adulto; mas pode descobrir o prazer de contá-las aos colegas. Enfim, a “Hora da História” é uma momento valioso para a educação integral (de ouvir, de pensar, de sonhar) e para a alfabetização, mostrando a função social da escrita. O professor pode organizar este momento de diversas maneiras: no início ou fim da aula; incrementando com músicas, fantasias, pinturas; organizando uma pequena biblioteca na sala; fazendo empréstimos de livros para que as crianças leiam em casa, enfim, há uma infinidade de possibilidades.
Hora da Brincadeira
Brincar é a linguagem natural da criança, e mais importante delas. Em todas as culturas e momentos históricos as crianças brincam (mesmo contra a vontade dos adultos). Todos os mamíferos, por serem os animais no topo da escala evolutiva, brincam, demonstrando a sua inteligência. Entretanto, há instituições de Educação Infantil onde o brincar é visto como um “mal necessário”, oferecido apenas por que as crianças insistem em fazê-lo, ou utilizado como “tapa-buraco”, para que o professor tenha tempo de descansar ou arrumar a sala de aula. Acreditamos que a brincadeira é uma atividade essencial na Educação Infantil, onde a criança pode expressar suas idéias, sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e aos seus colegas como é o seu mundo, o seu dia-a-dia. A brincadeira é, para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar idéias, regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo característico; de solucionar os conflitos que surgem, tornando-se autônoma; de experimentar papéis, desenvolvendo as bases da sua personalidade. Cabe ao professor fomentar as brincadeiras, que podem ser de diversos tipos. Ele pode fornecer espelhos, pinturas de rosto, fantasias, máscaras e sucatas para os brinquedos de faz-de-conta: casinha, médico, escolinha, polícia-e-ladrão, etc. Pode pesquisar, propor e resgatar jogos de regra e jogos tradicionais: queimada, amarelinha, futebol, pique-pega, etc. Pode confeccionar vários brinquedos tradicionais com as crianças, ensinando a reciclar o que seria lixo, e despertando o prazer de confeccionar o próprio brinquedo: bola de meia, peteca, pião, carrinhos, fantoches, bonecas, etc. Pode organizar, na sala de aula, um cantinho dos brinquedos, uma “casinha” além de, é claro, realizar diversas brincadeiras fora da sala de aula. Além disso, as brincadeiras podem despertar projetos: pesquisar brinquedos antigos, fazer uma Olimpíada na escola, ou uma Copa do Mundo, etc.
Hora do Lanche/Higiene
Devemos lembrar que comer não é apenas uma necessidade do organismo, mas também uma necessidade psicológica e social. Na Bíblia, por exemplo, encontramos dezenas de situações em que Jesus compartilhava refeições com seus discípulos, fato que certamente marcou nossa cultura. Em qualquer cultura os adultos (e as crianças) gostam de realizar comemorações e festividades marcadas pela comensalidade (comer junto). Por isso, a hora do lanche na Educação Infantil não deve atender apenas às necessidades nutricionais das crianças, mas também às psicológicas e sociais: de sentir prazer e alegria durante uma refeição; de partilhar e trocar alimentos entre colegas; de aprender a preparar e cuidar do alimento com independência; de adquirir hábitos de higiene que preservam a boa saúde. Por isto, a hora do lanche também deve ser planejada pelo professor. A disposição dos móveis deve facilitar as conversas entre as crianças; deve haver lixeiras e material de limpeza por perto para que as crianças possam participar da higiene do local onde será desfrutado o lanche (antes e depois dele ocorrer); deve haver uma cesta onde as crianças possam depositar o lanche que desejam trocar entre si (estimulando a socialização e, ao mesmo tempo, o cuidado com a higiene). Além disso, é importante que o professor demonstre e proporcione às crianças hábitos saudáveis de higiene antes e depois do lanche (lavar as mãos, escovar os dentes, etc.). O lanche também pode fazer parte dos projetos desenvolvidos pela turma: pesquisar os alimentos ais saudáveis, plantar uma horta, fazer atividades de culinária, produzir um livro de receitas, fazer compras no mercado para adquirir os ingredientes de uma receita, dentre outras, são atividades às quais o professor pode dar uma organização pedagógica que possibilite às crianças participar ativamente, e elaborar diversos projetos junto com a turma.
Atividades Físicas/Parque
Fanny Abramovich lembra-nos, com muito humor, o papel usualmente atribuído ao movimento nas nossas escolas: “Não se concebe que o aluno sequer possua um corpo. Em movimento permanente. Que encontre respostas através de seus deslocamentos. Um corpo que é fonte e ponte de aprendizagens, de reconhecimentos, de constatações, de saber, de prazer. Basicamente, possui cabeça (para entender o que é dito) e mão (para anotar o que é dito). Portanto, pode e deve ficar sentado o tempo todo da aula. Breves estiramentos, andadelas rápidas, podem ser efetuadas nos intervalos. No mais, os braços são úteis para segurar livros/cadernos/papéis e pés e pernas se satisfazem ao ser selecionados para levantar/perfilar/sair. E basta.” (ABRAMOVICH, 1998, p. 53) Na Educação Infantil, o principal objetivo do trabalho com o movimento e expressão corporal é proporcionar à criança o conhecimento do próprio corpo, experimentando as possibilidades que ele oferece (força, flexibilidade, equilíbrio, entre outras). Isto proporcionará a ela integrá-lo e aceitá-lo, construindo uma auto-imagem positiva e confiante. Para isso o professor deve proporcionar atividades, fora e dentro da sala de aula, onde a criança possa se movimentar. Alongamentos, ioga, circuitos, brincadeiras livres, jogos de regras, tomar banho de mangueira, subir em árvores... São diversas as possibilidades. O professor deve organizá-las e planejá-las, mas sempre com um espaço para a invenção e colaboração da criança. O momento do parque também assume uma conotação diferente. Não é apenas um intervalo para descanso das crianças e dos professores. É mais um momento de desafio, afinal, há aparelhos, árvores, areia, baldinhos e pás, pneus, cordas, bolas, bambolês e tantas brincadeiras que esses materiais oferecem. O professor deve estar próximo, auxiliando e estimulando a criança a desenvolver a sua motricidade e socialização, ajudando, também, a resolver os conflitos que surgem nas brincadeiras quando, porventura, as crianças não forem capazes de solucioná-los sozinhas.
Atividades Extra-Classe
(Interação com a comunidade)
A sala de aula e o espaço físico da escola não são os únicos espaços pedagógicos possíveis na Educação Infantil. Em princípio, qualquer espaço pode tornar-se pedagógico, dependendo do uso que fazemos dele. Praças, parques, museus, exposições, feiras, cinemas, teatros, supermercados, exposições, galerias, zoológicos, jardins botânicos, reservas ecológicas, ateliês, fábricas e tantos outros. O professor deve estar atento à vida da comunidade e da cidade onde atua, buscando oportunidades interessantes, que se relacionem aos projetos desenvolvidos na classe, ou que possam ser o início de novos projetos. Isto certamente enriquecerá e ampliará o projeto político-pedagógico da instituição, que não precisa ser confinando à área da escola. Pode haver até mesmo intercâmbios com outras instituições educacionais.
CRÉDITOS - FERNANDA -http://alegriadosabermaternal.blogspot.com
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Referências Bibliográficas básicas da área :
Direitos da criança e do adolescente hospitalizados. Resolução 41, de 13/10 /1995
Brasil, Ministério da Justiça-Brasília.
Imprensa Oficial
1995
A escola no hospital: espaços de experiências emancipadoras.
Armando C. Rosa ( Org.)
Intertexto
2007
Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar.
Brasil, Ministério da Justiça - Brasília.
Imprensa Oficial
2002
Atendimento Escolar no ambiente hospitalar
Fonseca, Eneida Simões da.
Memnon
2003
Pedagogia Hospitalar: A humanização integrando educação e saúde
Matos, Elizete Lúcia Moreira e Mugiatti ,Margarida Maria Teixeira de Freitas
Vozes
2006
A criança Diante da morte - desafios
Torres, Wilma
Casa do Psicólogo
2002
Brincar e aprender: quem quer saber?
Novaes, Luiza
EDUCAT
2006
O hospital: Manual do ambiente hospitalar.
Souza, Virginia Helena Soares de
( org.)
ManualReal
2006
Brinquedoteca Hospitalar - Isto é Humanização
Drauzio Viegas
1ª 168 p. Editora: Wak
2007
Brasil, Ministério da Justiça-Brasília.
Imprensa Oficial
1995
A escola no hospital: espaços de experiências emancipadoras.
Armando C. Rosa ( Org.)
Intertexto
2007
Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar.
Brasil, Ministério da Justiça - Brasília.
Imprensa Oficial
2002
Atendimento Escolar no ambiente hospitalar
Fonseca, Eneida Simões da.
Memnon
2003
Pedagogia Hospitalar: A humanização integrando educação e saúde
Matos, Elizete Lúcia Moreira e Mugiatti ,Margarida Maria Teixeira de Freitas
Vozes
2006
A criança Diante da morte - desafios
Torres, Wilma
Casa do Psicólogo
2002
Brincar e aprender: quem quer saber?
Novaes, Luiza
EDUCAT
2006
O hospital: Manual do ambiente hospitalar.
Souza, Virginia Helena Soares de
( org.)
ManualReal
2006
Brinquedoteca Hospitalar - Isto é Humanização
Drauzio Viegas
1ª 168 p. Editora: Wak
2007
DIREITO A EDUCAÇÃO
Conforme o Art.205 da Constituição Federal Brasileira (1988):
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
Considerando que a educação é um bem comum e que todos podem e devem usufruir dele, independente de sua classe social, cor, raça ou credo e de suas necessidades temporárias ou não. A educação tem a obrigação de alcançar a todos os cidadãos brasileiros.
No caso de educandos hospitalizados que por diversos motivos, tipos de enfermidades, tratamentos temporários ou de longo prazo, são impossibilitados de frequentar uma escola de ensino regular, é notório que propagar a educação é um desafio, seja por falta de recursos, apoio pedagógico ou por falta de capacitação de profissionais para desenvolvê-la dentro do ambiente hospitalar.
De acordo com os dados de 2003, divulgado pelo site da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ), houve um aumento de 175% do atendimento pedagógico educacional em ambiente hospitalar. No ano de 1997, esse trabalho era apenas realizado em 30 hospitais brasileiros, e, em 2003, esse número subiu para 85 hospitais espalhados pelo Brasil.
Trata-se de um crescimento significativo, pois a Pedagogia Hospitalar é uma área que vem contribuir para a propagação da educação universal. Como ressalta Matos e Mugiatti (2009):
Trata-se, justamente, do desenvolvimento de ações educativas, em natural sintonia com as demais áreas, num trabalho integrado, de sentido complementar, coerente e cooperativo, numa fecunda aproximação em benefício do enfermo, em situação de fragilidade ocasionada pela doença,
no entanto, passível de motivação e incentivo à participação no processo de cura (MATOS E MUGIATTI, 2009, p.16).
Por conseguinte, torna-se de suma importância apresentar os direitos da criança e do adolescente hospitalizados, referendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e reconhecido pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente:
1) Direito à proteção à vida e a saúde, com absoluta prioridade e sem qualquer forma de discriminação.
2) Direito a ser hospitalizado quando for necessário ao seu tratamento, sem distinção de classe social, condição econômica, raça ou crença religiosa.
3) Direito a não ser ou permanecer hospitalizado desnecessariamente por qualquer razão alheia ao melhor tratamento de sua enfermidade
4) Direito de ser acompanhado por sua mãe, pai ou responsável, durante todo o período de sua hospitalização, bem como receber visitas.
5) Direito de não ser separado de sua mãe ao nascer.
6) Direito de receber aleitamento materno sem restrições.
7) Direito a não sentir dor, quando existe meios para evitá-la.
8) Direito a ter conhecimento adequado de sua enfermidade, dos cuidados terapêuticos e diagnósticos a serem utilizados, do prognóstico, respeitando sua fase cognitiva, além de receber amparo psicológico, quando se fizer necessário.
9) Direito a desfrutar de alguma recreação, programas de educação para saúde, acompanhamento do currículo escolar, durante sua permanência hospitalar.
10) Direito a que seus pais ou responsáveis participem ativamente de seu diagnóstico, tratamento e prognóstico, recebendo informações sobre os procedimentos a que será submetido.
11) Direito a receber apoio espiritual e religioso conforme prática de sua família.
12) Direito a não ser objeto de ensaio clínico, provas diagnósticas e terapêuticas, sem o consentimento informado de seus pais ou responsáveis e o seu próprio, quando tiver discernimento para tal.
13) Direito a receber todos os recursos terapêuticos disponíveis para sua cura, reabilitação e/ou prevenção secundária e terciária.
14) Direito à proteção contra qualquer forma de discriminação, negligência ou maus tratos.
15) Direito ao respeito a sua integridade física, psíquica e moral.
16) Direito à preservação de sua imagem, identidade, autonomia de valores, dos espaços e objetos pessoais.
17) Direito a não ser utilizado pelos meios de comunicação, sem a expressa vontade de seus pais ou responsáveis, ou a sua própria vontade, resguardando-se à ética.
18) Direito a confidência de seus dados clínicos, bem como direito de tomar conhecimento dos mesmos, arquivados na instituição, pelo prazo estipulado por lei.
19) Direito a ter seus direitos constitucionais e os contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente respeitados pelos hospitais integralmente.
20) Direito a ter uma morte digna, junto a seus familiares, quando esgotados todos os recursos terapêuticos disponíveis (Sociedade Brasileira de Pediatria – Departamento de Cuidados Hospitalares apud MATOS E MUGIATTI, 2009, p.38).
Também é oportuno ressaltar, neste contexto a Lei n° 7.853, de 24 de outubro de 1989, art. 2°:
Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de necessidades especiais o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, a previdência social, ao amparo a infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico (Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Acessibilidade, 2005, p.12).
Portanto, a educação é um direito assegurado, de responsabilidade pública, à crianças e adolescentes que requerem hospitalização. Matos e Mugiatti (2009) caracterizam a educação veiculada pela Pedagogia Hospitalar:
A educação que se processa, por meio da Pedagogia Hospitalar, não pode ser identificada como simples instrução (transmissão de alguns conhecimentos formalizados). É muito mais que isto. É um suporte psico-sociopedagógico dos mais importantes, porque não isola o escolar na condição pura de doente, mas, sim, o mantém integrado em suas atividades da escola e da família e apoiado pedagogicamente na sua condição de doente (MATOS E MUGIATTI, 2009, p.47).
Assim esta metodologia de ensino vem oferecer apoio ao desenvolvimento emocional e cognitivo da criança e adolescente hospitalizado. Busca modificar situações e atitudes junto aos internados, envolvendo-os em ambiente de modalidades de intervenção e ação, com programas adaptados às capacidades e disponibilidades de cada interno.
Para se ensinar não precisa de muito, basta o educador e o aluno estarem dispostos a aprender e a ensinar independente do lugar onde se ensina. A Pedagogia Hospitalar vem crescendo dentro dos hospitais, e isso é um sinal de que está havendo um processo de mudança, visando à melhora do paciente e não permitindo que a criança se desligue dos estudos. Vários estudos apontam que o trabalho do pedagogo hospitalar permite um grande progresso no tratamento do paciente, pois evita que o paciente se deixe levar pelo desânimo e, além disso, faz com que o paciente/aluno não se desligue do vínculo de suas relações sociais.
Um ambiente escolar no hospital permite à criança hospitalizada a conservar os laços com sua vida anterior à internação. É um lugar neutro, resultado de um projeto de futuro, pois a criança, depois de sua hospitalização, retomará sua vida normal de criança. A classe tem crianças de várias idades diferentes: o professor desenvolve com elas uma pedagogia tendo em conta ao mesmo tempo a capacidade psíquica das crianças doentes e seus diferentes níveis de escolaridade (BARROS, 2007, p. 259).
Em uma pesquisa feita pela Revista Brasileira de Educação, onde era discutido o papel do pedagogo no ambiente hospitalar, chegaram ao seguinte resultado: que a educação possibilita à criança ressignificar sua vida e o espaço hospitalar no qual se encontra. Com base em uma escuta pedagógica atenta e sensível, pode-se colaborar para o resgate da subjetividade e da auto-estima infantis, contribuindo para o bem-estar e a saúde da criança hospitalizada. A pesquisa revelou que são grandes as possibilidades de ação do professor nesse novo espaço de atuação, no entanto, também é grande o desafio de construir uma prática educativa diferenciada da que ocorre na instituição escolar, requerendo princípios específicos e outros níveis de conhecimento que respaldem o complexo trabalho pedagógico no campo hospitalar (FONTES, 2005).
A legislação brasileira reconhece o direito de crianças e adolescentes hospitalizados ao atendimento pedagógico-educacional. A esse respeito, merece destaque a formulação da Política Nacional de Educação Especial (MEC/SEESP, 1994; 1995).
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
Considerando que a educação é um bem comum e que todos podem e devem usufruir dele, independente de sua classe social, cor, raça ou credo e de suas necessidades temporárias ou não. A educação tem a obrigação de alcançar a todos os cidadãos brasileiros.
No caso de educandos hospitalizados que por diversos motivos, tipos de enfermidades, tratamentos temporários ou de longo prazo, são impossibilitados de frequentar uma escola de ensino regular, é notório que propagar a educação é um desafio, seja por falta de recursos, apoio pedagógico ou por falta de capacitação de profissionais para desenvolvê-la dentro do ambiente hospitalar.
De acordo com os dados de 2003, divulgado pelo site da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ), houve um aumento de 175% do atendimento pedagógico educacional em ambiente hospitalar. No ano de 1997, esse trabalho era apenas realizado em 30 hospitais brasileiros, e, em 2003, esse número subiu para 85 hospitais espalhados pelo Brasil.
Trata-se de um crescimento significativo, pois a Pedagogia Hospitalar é uma área que vem contribuir para a propagação da educação universal. Como ressalta Matos e Mugiatti (2009):
Trata-se, justamente, do desenvolvimento de ações educativas, em natural sintonia com as demais áreas, num trabalho integrado, de sentido complementar, coerente e cooperativo, numa fecunda aproximação em benefício do enfermo, em situação de fragilidade ocasionada pela doença,
no entanto, passível de motivação e incentivo à participação no processo de cura (MATOS E MUGIATTI, 2009, p.16).
Por conseguinte, torna-se de suma importância apresentar os direitos da criança e do adolescente hospitalizados, referendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e reconhecido pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente:
1) Direito à proteção à vida e a saúde, com absoluta prioridade e sem qualquer forma de discriminação.
2) Direito a ser hospitalizado quando for necessário ao seu tratamento, sem distinção de classe social, condição econômica, raça ou crença religiosa.
3) Direito a não ser ou permanecer hospitalizado desnecessariamente por qualquer razão alheia ao melhor tratamento de sua enfermidade
4) Direito de ser acompanhado por sua mãe, pai ou responsável, durante todo o período de sua hospitalização, bem como receber visitas.
5) Direito de não ser separado de sua mãe ao nascer.
6) Direito de receber aleitamento materno sem restrições.
7) Direito a não sentir dor, quando existe meios para evitá-la.
8) Direito a ter conhecimento adequado de sua enfermidade, dos cuidados terapêuticos e diagnósticos a serem utilizados, do prognóstico, respeitando sua fase cognitiva, além de receber amparo psicológico, quando se fizer necessário.
9) Direito a desfrutar de alguma recreação, programas de educação para saúde, acompanhamento do currículo escolar, durante sua permanência hospitalar.
10) Direito a que seus pais ou responsáveis participem ativamente de seu diagnóstico, tratamento e prognóstico, recebendo informações sobre os procedimentos a que será submetido.
11) Direito a receber apoio espiritual e religioso conforme prática de sua família.
12) Direito a não ser objeto de ensaio clínico, provas diagnósticas e terapêuticas, sem o consentimento informado de seus pais ou responsáveis e o seu próprio, quando tiver discernimento para tal.
13) Direito a receber todos os recursos terapêuticos disponíveis para sua cura, reabilitação e/ou prevenção secundária e terciária.
14) Direito à proteção contra qualquer forma de discriminação, negligência ou maus tratos.
15) Direito ao respeito a sua integridade física, psíquica e moral.
16) Direito à preservação de sua imagem, identidade, autonomia de valores, dos espaços e objetos pessoais.
17) Direito a não ser utilizado pelos meios de comunicação, sem a expressa vontade de seus pais ou responsáveis, ou a sua própria vontade, resguardando-se à ética.
18) Direito a confidência de seus dados clínicos, bem como direito de tomar conhecimento dos mesmos, arquivados na instituição, pelo prazo estipulado por lei.
19) Direito a ter seus direitos constitucionais e os contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente respeitados pelos hospitais integralmente.
20) Direito a ter uma morte digna, junto a seus familiares, quando esgotados todos os recursos terapêuticos disponíveis (Sociedade Brasileira de Pediatria – Departamento de Cuidados Hospitalares apud MATOS E MUGIATTI, 2009, p.38).
Também é oportuno ressaltar, neste contexto a Lei n° 7.853, de 24 de outubro de 1989, art. 2°:
Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de necessidades especiais o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, a previdência social, ao amparo a infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico (Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Acessibilidade, 2005, p.12).
Portanto, a educação é um direito assegurado, de responsabilidade pública, à crianças e adolescentes que requerem hospitalização. Matos e Mugiatti (2009) caracterizam a educação veiculada pela Pedagogia Hospitalar:
A educação que se processa, por meio da Pedagogia Hospitalar, não pode ser identificada como simples instrução (transmissão de alguns conhecimentos formalizados). É muito mais que isto. É um suporte psico-sociopedagógico dos mais importantes, porque não isola o escolar na condição pura de doente, mas, sim, o mantém integrado em suas atividades da escola e da família e apoiado pedagogicamente na sua condição de doente (MATOS E MUGIATTI, 2009, p.47).
Assim esta metodologia de ensino vem oferecer apoio ao desenvolvimento emocional e cognitivo da criança e adolescente hospitalizado. Busca modificar situações e atitudes junto aos internados, envolvendo-os em ambiente de modalidades de intervenção e ação, com programas adaptados às capacidades e disponibilidades de cada interno.
Para se ensinar não precisa de muito, basta o educador e o aluno estarem dispostos a aprender e a ensinar independente do lugar onde se ensina. A Pedagogia Hospitalar vem crescendo dentro dos hospitais, e isso é um sinal de que está havendo um processo de mudança, visando à melhora do paciente e não permitindo que a criança se desligue dos estudos. Vários estudos apontam que o trabalho do pedagogo hospitalar permite um grande progresso no tratamento do paciente, pois evita que o paciente se deixe levar pelo desânimo e, além disso, faz com que o paciente/aluno não se desligue do vínculo de suas relações sociais.
Um ambiente escolar no hospital permite à criança hospitalizada a conservar os laços com sua vida anterior à internação. É um lugar neutro, resultado de um projeto de futuro, pois a criança, depois de sua hospitalização, retomará sua vida normal de criança. A classe tem crianças de várias idades diferentes: o professor desenvolve com elas uma pedagogia tendo em conta ao mesmo tempo a capacidade psíquica das crianças doentes e seus diferentes níveis de escolaridade (BARROS, 2007, p. 259).
Em uma pesquisa feita pela Revista Brasileira de Educação, onde era discutido o papel do pedagogo no ambiente hospitalar, chegaram ao seguinte resultado: que a educação possibilita à criança ressignificar sua vida e o espaço hospitalar no qual se encontra. Com base em uma escuta pedagógica atenta e sensível, pode-se colaborar para o resgate da subjetividade e da auto-estima infantis, contribuindo para o bem-estar e a saúde da criança hospitalizada. A pesquisa revelou que são grandes as possibilidades de ação do professor nesse novo espaço de atuação, no entanto, também é grande o desafio de construir uma prática educativa diferenciada da que ocorre na instituição escolar, requerendo princípios específicos e outros níveis de conhecimento que respaldem o complexo trabalho pedagógico no campo hospitalar (FONTES, 2005).
A legislação brasileira reconhece o direito de crianças e adolescentes hospitalizados ao atendimento pedagógico-educacional. A esse respeito, merece destaque a formulação da Política Nacional de Educação Especial (MEC/SEESP, 1994; 1995).
O ATENDIMENTO PEDAGÓGICO NO AMBIENTE HOSPITALAR E SUA IMPORTÂNCIA
Ser internado em um hospital é uma situação de extrema vulnerabilidade, pois este ambiente causa, em muitas pessoas, medo, confusão, tensão, ansiedade, além de desconforto emocional. O enfermo hospitalizado, em especial a criança ou o adolescente, se vê privado de sua saúde e liberdade, gerando nele uma sensação de desconforto pelo ambiente hospitalar: frio e estranho.
O atendimento pedagógico no hospital possibilita ao aluno-paciente recuperar-se de maneira mais rápida e menos dolorosa. A classe hospitalar também faz com que não perca os principais conteúdos da grade curricular da escola que frequenta, uma vez que o trabalho realizado nesta modalidade de atendimento pedagógico estabelece o elo entre escola e aluno hospitalizado, permitindo, desta forma, que ele retorne ao convívio escolar sem prejuízo pelo afastamento temporário a que está sendo submetido.
Existem dois tipos essenciais de atendimento oferecido pelo pedagogo dentro dos hospitais. O primeiro refere-se àquelas crianças e adolescentes que ficam no hospital por um curto período de tempo, podendo ser horas ou alguns dias; neste caso, o trabalho é voltado a atividades lúdicas, leiruras de histórias e sessões de vídeos. O segundo preocupa-se com o acompanhamento escolar do aluno-paciente nos casos de crianças e adolescentes que, por motivo de saúde, precisam permanecer internados no hospital por um período maior de tempo. Mesmo nessa situação, o trabalho com o desenvolvimento do currículo não abandona as atividades lúdicas.
O atendimento pedagógico em hospital tem como objetivo favorecer a continuidade do ensino escolar, operando com conteúdos programáticos de acordo com o currículo escolar e adequados a cada faiza etária, permitindo aos alunos sanarem suas dificuldades de aprendizagem e/ou aquisição de novos conhecimentos, além de organizar intervenções educacionais não propriamente relacionadas à experiência escolar que, entretanto, atendam às necessidades e aos interesses individuais ou coletivos dos alunos-pacientes.
O atendimento escolar no hospital independe do período de internaçãp, da patologia e da classe social a que o aluno-paciente pertence. Ao entrar no hospital, a criança ou adolescente deve receber cuidado especial, uma vez que este atendimento deve ser entendido não como um trabalho solidário mas, sim, como um direito garantido.
Para Fonseca, se a criança se vê ou se sente obrigada pelo problema de saúde a um afastamento, mesmo que temporário, de sua escola, tal fato pode levá-la não apenas a perder o ano, mas pode tanto desmotivá-la a continuar os estudos quanto considerar-se incapaz de aprender porque está doente.
É possível perceber que não é apenas o local onde a criança está que faz com ela brinque ou estude, mas as intervenções corretas e adequadas à necessidade da mesma.
Pode-se verificar que, apesar de seus problemas de saúde, o aluno-paciente possui interesses, desejos e necessidades como qualquer criança saudável, mesmo que naquele momento específico esteja fisicamente debilitado.
O papel do educador no ambiente hospitalar é muito importante, pois auxilia a criança e o adolescente no seu retorno à escola, não permitindo que haja defasagem quanto ao conteúdo necessário a ser aprendido durante o afastamento, além de ser um fator motivador para que este educando recupere sua saúde.
Segundo Fonseca, a função do professor de classe hospitalar não é apenas a de manter as crianças ocupadas. As crianças estão crescendo e se desenvolvendo, estejam ou não no hospital. O professor está lá para estimulá-las através do uso de seu conhecimento das necessidades curriculares de cada aluno.
O pedagogo deve estar atendo às diversas necessidades das crianças e adolescentes internados, não apenas se preocupando com a aprendizagem dos conteúdos escolares, mas também buscando suprir outras carências momentâneas.
Para atender os alunos-pacientes, é necessário mais do que apenas um bom planejamentopedagógico. É preciso que o educador tenha também conhecimentos referentes à rotina hospitalar, aos medicamentos e às necessidades específicas de cada um de seus educandos.
Como a mudança dos alunos ocorre com muita frequencia, o professor precisa buscar constantemente novas informações para melhorar suas aulas. A metodologia de ensino utilizada deve ser desenvolvida junto às crianças ou aos adolescentes, asseguranto, desta forma a promoção de um atendimento significativo, no sentido de adequar o currículo aos interesses do aluno. Isto lhes garante, assim, o direito á educação e à cidadania.
Outra preocupação importante ao pensar em planejamento é a relação entre docentes e familiares, uma vez que a família possui um conhecimento mais aprofundado quando ao discente, sendo as informações que possam ser repassadas fundamentar para o apoio, a cooperação, o equilíbrio e a segurança dos alunos-pacientes.
É importante que, na elaboração do planejamento, o professor se preocupe com a coerência e o significado das atividades aplicadas, a fim de que estas abordem as peculiaridades provenientes deste público especial.
O planejamento das tarefas a serem realizadas como os alunos-pacientes deve atender às necessidades destes e, para que isso aconteça, é preciso saber para quem se vai planejar. Portanto, é fundamental que o professor conheça o educando, além de suas dificuldades, aspirações e frustrações. Por meio de sondagem, o docente obtém dados importantes, que o auxiliarão na elaboração de um planejamento de acordo com a realidade, a necessidade e o interesse do seu grupo.
Outro fator indispensável ao professor é que, ao planejar, seja bastante flexível, tendo em vista que o grupo encontra-se em constante modificação, tanto em relação ao número de crianças e adolescentes internados, quanto à diversidade de conhecimentos e estágios de aprendizagem dos mesmos, tendo em vista que esta modalidade de atendimento pedagógico é constituída por estudantes com conhecimentos e experiências bastante heterogêneas, necessitando uma investigação específica para cada caso.
A proposta pedagógica deve estar coerente com a realidade dos educandos. Alunos hospitalizados não podem ser considerados ou vistos como incapazes, pois, dentro de suas limitações e de seu quadro clínico, podem ser totalmente capazes de se desenvolver e aprender.
O brincar neste tipo de atendimento não deve ser colocado para preencher o tempo ocioso. É preciso que tenha sentido e que sejam trabalhadas atividades significativas, com objetivos específicos para atender à necessidade de cada faixa etária destes alunos.
Lindquist, citado em Friedmann, diz que a brincadeira da criança no hospital deve estimilá-la para desenvolver-lhe a saúde e a sensação de segurança.
A administração do tempo é outra questão importante e complexa, sendo necessário que o educador busque conhecer a realidade do hospital quanto à realização de exames e o horário dos medicamentos em relação aos alunos-pacientes. Em alguns casos, o melhor período para ministrar as aulas é pela manhã, em outros, na parte da tarde; portanto, é fundamental que o professor esteja atento a tais questões.
No caso de hospitais que não possuem espaço físico destinado especificamente à classe hospitalar, os professores realizam o atendimento no leito do aluno-paciente, porém a falta de local dificulta o desdobramento de diferentes atividades pedagógicas educacionais.
É essencial que os materiais atendam às diferentes idades e interesses doa alunos-pacientes, além de ser disponibilizado um local para atividades de relaxamento, contendo televisores, vídeos diversos, músicas, revistas em quadrinhos, livros, entre outros, visando ao atendimento tanto deste público hospitalizado quanto de seu acompanhante.
As atividades são readaptadas de acordo com a circunstância e a necessidade enfrentada pelas crianças hospitalizadas. Logo, a atuação e a intervenção do professor, no atendimento pedagógico hospitalar, requer compreensão da realidade de cada aluno, não existindo, portanto, um planejamento perfeito, uma cartilha de respostas, ou mesmo um modelo a ser seguido, mas, sim, um grande desafio a ser encarado.
Por uma questão metodológica, as atividades realizadas no dia devem ter início, meio e fim, uma vez que o grupo de hoje pode não ser necessariamente o mesmo de amanhã. Com isso, as crianças recém-chegadas não se sentem perdidas nas atividades, ficando mais à vontade para participar com os outros alunos.
Sendo assim, é aconselhável ralizar um desfecho para a atividade de cada dia, possibilitando, ao final das aulas, um debate/avaliação, buscando, assim realizar alterações pertinentes ao planejamento junto às crianças, bem como a divulgação dos trabalhos produzidos.
É fundamental que o pedagogo que atua no ambiente hospitalar preste muita atenção ao prontuário médico para saber o que a criança pode ou não fazer, se a ela é permitido, por exemplo, participar de atividades que utilizem o corpo, como a dança das cadeiras, pintura a dedo, ou mesmo atividades de relaxamento. Existem casos de pacientes que não podem ter contato com determinados componentes químicos, tais como, a tinta (guache, etc.), devido a uma medicação específica que por ventura estejam tomando, ou em virtude de alguma alergia. Outro fator de extrema importância é o trabalho em conjunto entre professores, médico e enfermeiras, isso porque, através desta união de profissionais, todos terão melhores condições de atender os alunos-pacientes, como por exemplo, não colocar uma agulha na veia da mão dominante que a criança utiliza para participar das atividades pedagógicas, entre outras situações.
É preciso estar atento à disposição física/saúde do aluno-paciente no dia da aula para realizar suas atividades; muitas vezes, as ações planejadas fiam difíceis de serem realizadas porque seu quadro clínico é bastante vulnerável. Esse cuidado é necessário, pois tarefas muito longas podem ser cansativas para a criança ou o adolescente debilitado por problemas de saúde.
Se não podemos reunir todos os alunos-pacientes para realizar uma determinada atividade coletiva, é melhor não desenvolvê-la do que excluir um educando deste processo, cabendo ao educador, neste caso, preparar tarefas que possam ser ministradas individualmente.
CONCLUSÃO.
É preciso considerar que aprendemos em diversos momentos de nossas vidas, sejam eles de curto, médio ou longo prazo. Isso não é diferente no ambiente hospitalar, sendo valioso o atendimento pedagógico-educacional a todas as crianças e adolescentes que, por motivos de saúde, não possam manter o convívio com amigos, familiares e colefas de escola, deixandos de lado quando de sua internação.
Em outras palavras, a criança doente não tem direito apenas à saúde, mas também à educação, pois os seus interesses e necessidades, sejam eles intelectuais, sociais ou relacionai, não mudaram apenas por estarem hospitalizados.
Ela contunia tendo direito à educação, e o acesso às oportunidades educacionais deve ser garantido pelos sistemas de ensino, embora não haja ainda uma disciplinação quanto à obrigatoriedade e ao funcionamento de classes hospitalares.
O fundamental é que, no caso dessas classes, quando existirem, seja estabelecido um vínculo entre elas e alguma escola, de sorte que seja possível:
a)O pedagogo hospitalar programar os estudos a serem realizados em função do curículo da classe que o aluno-paciente deveria estar frequentando;
b)A escola a que se vinvula a classe proceder ao acompanhamento das atividades desenvolvidas, visando à reintegração do aluno, no tempo oportuno, ao ensino regular.
É fundamental, também, fazer com que o ambiente hospitalar não seja visto como um lugar de dor, sofrimento, mas, sim, de vida e de vitória.
REFERÊNCIAS.
- BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Classe hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar: Estratégias e Orientações. Brasília, 200.
- CECCIM, R. Classe Hospitalar: uma Vivência através do Lúdico. Pátio Revista Pedagógica, ano 3, n. 10. 1999.
- CONSELHO Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Resolução 41/95). Os Direitos da Criança e do Adolescente Hospitalizando. Fonte: http://www.bioetica.ufrgs.br/conanda.htam - visitado em 12/03/2005.
- FRIEDMANN, Adriana et al. O Direito de Brincar: a brinquedoteca. São Paulo: Edições Sociais: Abrinq, 1998.
- FONSECA, Eneida S. da. Atendimento Escolar no ambiente Hospitalar. São Paulo: Memnon, 2003.
_____. Aspectos da Ecologia da Classe Hospitalar no Brasil. Disponível em: <http://www.educacaoonline.pro.br/aspectos_da_ecologia.asp?f_id_artigos=178/>. Acesso em: 19 jun. 2007.
- KRAMER, Sônia. Com a Pré-escola nas Mãos. São Paulo: Ática, 11 ed., 1998.
- KISHIMOTO, Tizuko M. O jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
- ORTIZ, Leodi Conceição M.: FREITAS, Sorais N. Classe Hospitalar: Caminhos Pedagógicos entre Saúde e Educação. Santa Maria: Editora UFSM, 2005.
- PEGORELLI, Carla P.: PIRES, Islaine V. A Importância de Projetos Educacionais no Atendimento Escolar Hospitalar. Educação Profissional: Ciência e Tecnologia. Brasília, v. 2, n. 2, p. 241-250, jan/jun. 2008.
O atendimento pedagógico no hospital possibilita ao aluno-paciente recuperar-se de maneira mais rápida e menos dolorosa. A classe hospitalar também faz com que não perca os principais conteúdos da grade curricular da escola que frequenta, uma vez que o trabalho realizado nesta modalidade de atendimento pedagógico estabelece o elo entre escola e aluno hospitalizado, permitindo, desta forma, que ele retorne ao convívio escolar sem prejuízo pelo afastamento temporário a que está sendo submetido.
Existem dois tipos essenciais de atendimento oferecido pelo pedagogo dentro dos hospitais. O primeiro refere-se àquelas crianças e adolescentes que ficam no hospital por um curto período de tempo, podendo ser horas ou alguns dias; neste caso, o trabalho é voltado a atividades lúdicas, leiruras de histórias e sessões de vídeos. O segundo preocupa-se com o acompanhamento escolar do aluno-paciente nos casos de crianças e adolescentes que, por motivo de saúde, precisam permanecer internados no hospital por um período maior de tempo. Mesmo nessa situação, o trabalho com o desenvolvimento do currículo não abandona as atividades lúdicas.
O atendimento pedagógico em hospital tem como objetivo favorecer a continuidade do ensino escolar, operando com conteúdos programáticos de acordo com o currículo escolar e adequados a cada faiza etária, permitindo aos alunos sanarem suas dificuldades de aprendizagem e/ou aquisição de novos conhecimentos, além de organizar intervenções educacionais não propriamente relacionadas à experiência escolar que, entretanto, atendam às necessidades e aos interesses individuais ou coletivos dos alunos-pacientes.
O atendimento escolar no hospital independe do período de internaçãp, da patologia e da classe social a que o aluno-paciente pertence. Ao entrar no hospital, a criança ou adolescente deve receber cuidado especial, uma vez que este atendimento deve ser entendido não como um trabalho solidário mas, sim, como um direito garantido.
Para Fonseca, se a criança se vê ou se sente obrigada pelo problema de saúde a um afastamento, mesmo que temporário, de sua escola, tal fato pode levá-la não apenas a perder o ano, mas pode tanto desmotivá-la a continuar os estudos quanto considerar-se incapaz de aprender porque está doente.
É possível perceber que não é apenas o local onde a criança está que faz com ela brinque ou estude, mas as intervenções corretas e adequadas à necessidade da mesma.
Pode-se verificar que, apesar de seus problemas de saúde, o aluno-paciente possui interesses, desejos e necessidades como qualquer criança saudável, mesmo que naquele momento específico esteja fisicamente debilitado.
O papel do educador no ambiente hospitalar é muito importante, pois auxilia a criança e o adolescente no seu retorno à escola, não permitindo que haja defasagem quanto ao conteúdo necessário a ser aprendido durante o afastamento, além de ser um fator motivador para que este educando recupere sua saúde.
Segundo Fonseca, a função do professor de classe hospitalar não é apenas a de manter as crianças ocupadas. As crianças estão crescendo e se desenvolvendo, estejam ou não no hospital. O professor está lá para estimulá-las através do uso de seu conhecimento das necessidades curriculares de cada aluno.
O pedagogo deve estar atendo às diversas necessidades das crianças e adolescentes internados, não apenas se preocupando com a aprendizagem dos conteúdos escolares, mas também buscando suprir outras carências momentâneas.
Para atender os alunos-pacientes, é necessário mais do que apenas um bom planejamentopedagógico. É preciso que o educador tenha também conhecimentos referentes à rotina hospitalar, aos medicamentos e às necessidades específicas de cada um de seus educandos.
Como a mudança dos alunos ocorre com muita frequencia, o professor precisa buscar constantemente novas informações para melhorar suas aulas. A metodologia de ensino utilizada deve ser desenvolvida junto às crianças ou aos adolescentes, asseguranto, desta forma a promoção de um atendimento significativo, no sentido de adequar o currículo aos interesses do aluno. Isto lhes garante, assim, o direito á educação e à cidadania.
Outra preocupação importante ao pensar em planejamento é a relação entre docentes e familiares, uma vez que a família possui um conhecimento mais aprofundado quando ao discente, sendo as informações que possam ser repassadas fundamentar para o apoio, a cooperação, o equilíbrio e a segurança dos alunos-pacientes.
É importante que, na elaboração do planejamento, o professor se preocupe com a coerência e o significado das atividades aplicadas, a fim de que estas abordem as peculiaridades provenientes deste público especial.
O planejamento das tarefas a serem realizadas como os alunos-pacientes deve atender às necessidades destes e, para que isso aconteça, é preciso saber para quem se vai planejar. Portanto, é fundamental que o professor conheça o educando, além de suas dificuldades, aspirações e frustrações. Por meio de sondagem, o docente obtém dados importantes, que o auxiliarão na elaboração de um planejamento de acordo com a realidade, a necessidade e o interesse do seu grupo.
Outro fator indispensável ao professor é que, ao planejar, seja bastante flexível, tendo em vista que o grupo encontra-se em constante modificação, tanto em relação ao número de crianças e adolescentes internados, quanto à diversidade de conhecimentos e estágios de aprendizagem dos mesmos, tendo em vista que esta modalidade de atendimento pedagógico é constituída por estudantes com conhecimentos e experiências bastante heterogêneas, necessitando uma investigação específica para cada caso.
A proposta pedagógica deve estar coerente com a realidade dos educandos. Alunos hospitalizados não podem ser considerados ou vistos como incapazes, pois, dentro de suas limitações e de seu quadro clínico, podem ser totalmente capazes de se desenvolver e aprender.
O brincar neste tipo de atendimento não deve ser colocado para preencher o tempo ocioso. É preciso que tenha sentido e que sejam trabalhadas atividades significativas, com objetivos específicos para atender à necessidade de cada faixa etária destes alunos.
Lindquist, citado em Friedmann, diz que a brincadeira da criança no hospital deve estimilá-la para desenvolver-lhe a saúde e a sensação de segurança.
A administração do tempo é outra questão importante e complexa, sendo necessário que o educador busque conhecer a realidade do hospital quanto à realização de exames e o horário dos medicamentos em relação aos alunos-pacientes. Em alguns casos, o melhor período para ministrar as aulas é pela manhã, em outros, na parte da tarde; portanto, é fundamental que o professor esteja atento a tais questões.
No caso de hospitais que não possuem espaço físico destinado especificamente à classe hospitalar, os professores realizam o atendimento no leito do aluno-paciente, porém a falta de local dificulta o desdobramento de diferentes atividades pedagógicas educacionais.
É essencial que os materiais atendam às diferentes idades e interesses doa alunos-pacientes, além de ser disponibilizado um local para atividades de relaxamento, contendo televisores, vídeos diversos, músicas, revistas em quadrinhos, livros, entre outros, visando ao atendimento tanto deste público hospitalizado quanto de seu acompanhante.
As atividades são readaptadas de acordo com a circunstância e a necessidade enfrentada pelas crianças hospitalizadas. Logo, a atuação e a intervenção do professor, no atendimento pedagógico hospitalar, requer compreensão da realidade de cada aluno, não existindo, portanto, um planejamento perfeito, uma cartilha de respostas, ou mesmo um modelo a ser seguido, mas, sim, um grande desafio a ser encarado.
Por uma questão metodológica, as atividades realizadas no dia devem ter início, meio e fim, uma vez que o grupo de hoje pode não ser necessariamente o mesmo de amanhã. Com isso, as crianças recém-chegadas não se sentem perdidas nas atividades, ficando mais à vontade para participar com os outros alunos.
Sendo assim, é aconselhável ralizar um desfecho para a atividade de cada dia, possibilitando, ao final das aulas, um debate/avaliação, buscando, assim realizar alterações pertinentes ao planejamento junto às crianças, bem como a divulgação dos trabalhos produzidos.
É fundamental que o pedagogo que atua no ambiente hospitalar preste muita atenção ao prontuário médico para saber o que a criança pode ou não fazer, se a ela é permitido, por exemplo, participar de atividades que utilizem o corpo, como a dança das cadeiras, pintura a dedo, ou mesmo atividades de relaxamento. Existem casos de pacientes que não podem ter contato com determinados componentes químicos, tais como, a tinta (guache, etc.), devido a uma medicação específica que por ventura estejam tomando, ou em virtude de alguma alergia. Outro fator de extrema importância é o trabalho em conjunto entre professores, médico e enfermeiras, isso porque, através desta união de profissionais, todos terão melhores condições de atender os alunos-pacientes, como por exemplo, não colocar uma agulha na veia da mão dominante que a criança utiliza para participar das atividades pedagógicas, entre outras situações.
É preciso estar atento à disposição física/saúde do aluno-paciente no dia da aula para realizar suas atividades; muitas vezes, as ações planejadas fiam difíceis de serem realizadas porque seu quadro clínico é bastante vulnerável. Esse cuidado é necessário, pois tarefas muito longas podem ser cansativas para a criança ou o adolescente debilitado por problemas de saúde.
Se não podemos reunir todos os alunos-pacientes para realizar uma determinada atividade coletiva, é melhor não desenvolvê-la do que excluir um educando deste processo, cabendo ao educador, neste caso, preparar tarefas que possam ser ministradas individualmente.
CONCLUSÃO.
É preciso considerar que aprendemos em diversos momentos de nossas vidas, sejam eles de curto, médio ou longo prazo. Isso não é diferente no ambiente hospitalar, sendo valioso o atendimento pedagógico-educacional a todas as crianças e adolescentes que, por motivos de saúde, não possam manter o convívio com amigos, familiares e colefas de escola, deixandos de lado quando de sua internação.
Em outras palavras, a criança doente não tem direito apenas à saúde, mas também à educação, pois os seus interesses e necessidades, sejam eles intelectuais, sociais ou relacionai, não mudaram apenas por estarem hospitalizados.
Ela contunia tendo direito à educação, e o acesso às oportunidades educacionais deve ser garantido pelos sistemas de ensino, embora não haja ainda uma disciplinação quanto à obrigatoriedade e ao funcionamento de classes hospitalares.
O fundamental é que, no caso dessas classes, quando existirem, seja estabelecido um vínculo entre elas e alguma escola, de sorte que seja possível:
a)O pedagogo hospitalar programar os estudos a serem realizados em função do curículo da classe que o aluno-paciente deveria estar frequentando;
b)A escola a que se vinvula a classe proceder ao acompanhamento das atividades desenvolvidas, visando à reintegração do aluno, no tempo oportuno, ao ensino regular.
É fundamental, também, fazer com que o ambiente hospitalar não seja visto como um lugar de dor, sofrimento, mas, sim, de vida e de vitória.
REFERÊNCIAS.
- BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Classe hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar: Estratégias e Orientações. Brasília, 200.
- CECCIM, R. Classe Hospitalar: uma Vivência através do Lúdico. Pátio Revista Pedagógica, ano 3, n. 10. 1999.
- CONSELHO Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Resolução 41/95). Os Direitos da Criança e do Adolescente Hospitalizando. Fonte: http://www.bioetica.ufrgs.br/conanda.htam - visitado em 12/03/2005.
- FRIEDMANN, Adriana et al. O Direito de Brincar: a brinquedoteca. São Paulo: Edições Sociais: Abrinq, 1998.
- FONSECA, Eneida S. da. Atendimento Escolar no ambiente Hospitalar. São Paulo: Memnon, 2003.
_____. Aspectos da Ecologia da Classe Hospitalar no Brasil. Disponível em: <http://www.educacaoonline.pro.br/aspectos_da_ecologia.asp?f_id_artigos=178/>. Acesso em: 19 jun. 2007.
- KRAMER, Sônia. Com a Pré-escola nas Mãos. São Paulo: Ática, 11 ed., 1998.
- KISHIMOTO, Tizuko M. O jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
- ORTIZ, Leodi Conceição M.: FREITAS, Sorais N. Classe Hospitalar: Caminhos Pedagógicos entre Saúde e Educação. Santa Maria: Editora UFSM, 2005.
- PEGORELLI, Carla P.: PIRES, Islaine V. A Importância de Projetos Educacionais no Atendimento Escolar Hospitalar. Educação Profissional: Ciência e Tecnologia. Brasília, v. 2, n. 2, p. 241-250, jan/jun. 2008.
- VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 2003.
PEDAGOGIA HOSPITALAR
Muito se tem falado sobre Qualidade de Vida, de como aplicá-la aos
seus dias de forma a viver sua saúde física e mental em equilíbrio, de estar de
bem consigo, com as pessoas, em harmonia com a vida.
A Pedagogia Hospitalar vem se expandindo no atendimento à criança
hospitalizada, e em muitos hospitais do Brasil tem se enfatizado a visão
humanística.
Como pratica deste trabalho Humanista, o nosso trabalho deverá ser o
de ter os olhos voltados para o ser global, e não somente para o corpo e as
necessidades físicas, emocionais, afetivas, e sociais do individuo.
Como referencial teórico, utilizo as experiências e pesquisas realizadas
nos hospitais do Brasil onde a Classe Escolar Hospitalar foi implantada no
auxílio de tratamentos às crianças e adolescentes.
Meu objetivo é, conscientizar, discutir e ampliar as idéias dos
profissionais da educação e da saúde, quanto a proporcionar uma melhor
qualidade de vida, para todas as pessoas que requerem um cuidado e um olhar
especial para um atendimento individualizado, seja no atendimento domiciliário
ou hospitalar.
Procurando favorecer toda estratégia que ajude o desenvolvimento
desta modalidade educacional e que sensibilize os agentes da educação e da
saúde sobre a importância do atendimento educacional à criança hospitalizada,
faz-se necessário construir um espaço para profissionais dedicados à atenção
1 Especialista em Psicopedagogia, Pedagogia Educacional e Hospitalar. Mais informações,
acessar o endereço na Internet: http://qualievidanapedhospitalar.blogspot.com/
às crianças e jovens que devem permanecer hospitalizados, com o objetivo de
sensibilizar para a questão, trocar experiências e refletir sobre pedagogia
hospitalar, oferecendo ferramentas para o desenvolvimento desta modalidade
educacional e explorando sua relação com o sistema educacional formal.
Tendo em vista o embasamento legal, contido na legislação vigentes
que amparam e legitimam o direito à educação, os hospitais devem dispor às
crianças e adolescentes um atendimento educacional de qualidade e igualdade
de condições de desenvolvimento intelectual e pedagógico.
A inserção do ambiente escolar no período de internação é importante
para a recuperação da saúde da criança, já que reduz a ansiedade e o medo
advindos do processo da doença.
seus dias de forma a viver sua saúde física e mental em equilíbrio, de estar de
bem consigo, com as pessoas, em harmonia com a vida.
A Pedagogia Hospitalar vem se expandindo no atendimento à criança
hospitalizada, e em muitos hospitais do Brasil tem se enfatizado a visão
humanística.
Como pratica deste trabalho Humanista, o nosso trabalho deverá ser o
de ter os olhos voltados para o ser global, e não somente para o corpo e as
necessidades físicas, emocionais, afetivas, e sociais do individuo.
Como referencial teórico, utilizo as experiências e pesquisas realizadas
nos hospitais do Brasil onde a Classe Escolar Hospitalar foi implantada no
auxílio de tratamentos às crianças e adolescentes.
Meu objetivo é, conscientizar, discutir e ampliar as idéias dos
profissionais da educação e da saúde, quanto a proporcionar uma melhor
qualidade de vida, para todas as pessoas que requerem um cuidado e um olhar
especial para um atendimento individualizado, seja no atendimento domiciliário
ou hospitalar.
Procurando favorecer toda estratégia que ajude o desenvolvimento
desta modalidade educacional e que sensibilize os agentes da educação e da
saúde sobre a importância do atendimento educacional à criança hospitalizada,
faz-se necessário construir um espaço para profissionais dedicados à atenção
1 Especialista em Psicopedagogia, Pedagogia Educacional e Hospitalar. Mais informações,
acessar o endereço na Internet: http://qualievidanapedhospitalar.blogspot.com/
às crianças e jovens que devem permanecer hospitalizados, com o objetivo de
sensibilizar para a questão, trocar experiências e refletir sobre pedagogia
hospitalar, oferecendo ferramentas para o desenvolvimento desta modalidade
educacional e explorando sua relação com o sistema educacional formal.
Tendo em vista o embasamento legal, contido na legislação vigentes
que amparam e legitimam o direito à educação, os hospitais devem dispor às
crianças e adolescentes um atendimento educacional de qualidade e igualdade
de condições de desenvolvimento intelectual e pedagógico.
A inserção do ambiente escolar no período de internação é importante
para a recuperação da saúde da criança, já que reduz a ansiedade e o medo
advindos do processo da doença.
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